Coren-RJ e DGCOR-LD celebram parceria para fiscalizar e investigar irregularidades e desvios de vacinas - Divulgação

Coren-RJ e DGCOR-LD celebram parceria para fiscalizar e investigar irregularidades e desvios de vacinasDivulgação
POR O DIA
Rio – O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) e a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro se reuniram na sede do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), na Lapa, nesta segunda-feira (25), para promover uma ação fiscalizadora contra as irregularidades e desvios de vacinas.
Durante a reunião foi debatido temas como cruzamento de dados de quem já foi vacinado via CPF, relatórios das instituições de saúde, além do alinhamento para a colaboração dos responsáveis técnicos das instituições sobre abusos e privilégios. Além disso, ficou acordado documentar todas as denúncias e encaminhá-las às autoridades competentes, apoiando o controle do fluxo de vacinação, para coibir desvios e furadas de filas.
Estas estratégias foram acordadas entre o Coren-RJ e a Polícia Civil com o objetivo de garantir que os grupos prioritários realmente recebam as doses iniciais da vacina contra a covid-19, incluindo a enfermagem.

“Nossa prioridade é garantir a vacinação para a enfermagem e a segurança dos profissionais que representamos. Nos comprometemos a não divulgar ainda o número de denúncias, pois estas devem ser ainda apuradas pela Polícia. Por outro lado, em respeito à segurança dos denunciantes, não localizaremos e sequer poderemos relatar os fatos, pois estas pessoas seriam facilmente identificadas”, explicou Lilian Behring.Na parceria entre o Coren-RJ e a DGCOR-LD, o Conselho contará com o apoio da própria enfermagem para relatar casos de abusos, de privilégios indevidos e outras irregularidades. A vice-presidente do Coren-RJ, Ellen Peres, reafirmou em reunião o que prevê o Plano Nacional de Imunização. “Cabe à enfermagem a coordenação das campanhas de vacinação, quem vacina tem que estar vacinado. O controle evitará o desabastecimento para a segunda dose, uma vez que cada CPF estará relacionado às duas doses da vacina, que será aplicada obrigatoriamente, de 21 a 28 dias, após a primeira”, disse Ellen.

O delegado Thales Nogueira concordou que uma boa estratégia de controle será o recebimento de relatórios que o Coren-RJ solicitará aos enfermeiros responsáveis técnicos. Em 48 horas, a polícia receberá dados do número de vacinas de estoque, os dados dos vacinados e cruzará os mesmos, para evitar possíveis desvios.
“A vacina é um bem público e, um bem público escasso. O desvio dessas doses implica o crime de Infração de medida sanitária, que tem pena de detenção de até um ano e, a depender do caso, pode resultar até em um crime mais grave como peculato-desvio, corrupção ativa e passiva, que têm penas que chegam até 12 anos de reclusão. A Polícia Civil atuará de forma enérgica contra qualquer interferência nas medidas de combate à pandemia”, ressaltou o delegado.