Morte de Julia Nicolly gera comoção na categoria e Coren-RJ está de luto


28.07.2023

Na última terça-feira (25) em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, a técnica de enfermagem Julia Nicolly Moreira da Silva, de 34 anos, foi encontrada dentro de casa com marcas de facadas e amordaçada. Para a família, ela foi vítima de crime de ódio. Diante do ocorrido, é com pesar que o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) lamenta o falecimento da técnica de enfermagem Julia Nicolly Moreira da Silva, que segundo informações preliminares, o homicídio teria motivado por transfobia.

O Coren-RJ expressa a solidariedade aos familiares, amigos e colegas da profissional, que enfrentam esse momento de imensa dor e perda.

– Acreditamos firmemente que todos os profissionais de saúde devem exercer suas funções com respeito, compaixão e igualdade, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero ou qualquer outra característica pessoal. A enfermagem é uma profissão dedicada ao cuidado, à vida e à dignidade humana, e é inaceitável que nossos colegas sejam vítimas de intolerância e violência – declara a Presidente do Conselho, Dra. Lilian Behring.

A enfermagem é uma profissão dedicada ao cuidado, à vida e à dignidade humana, e é inaceitável que nossos colegas sejam vítimas de intolerância e violência.

– O Coren-RJ, nesse momento de luto, reforça seu compromisso com a defesa dos direitos humanos e da diversidade, o respeito à identidade de gênero de cada indivíduo. A luta por justiça é fundamental para garantir que atos de discriminação e ódio sejam devidamente apurados e punidos de acordo com a lei. Que a memória da colega Julia Nicolly seja sempre lembrada como um exemplo de dedicação ao cuidado e amor ao próximo. Que sua partida precoce nos motive a fortalecer nossos laços e unir forças na luta pela construção de um mundo mais justo – pontua Lilian Behring.

A Diretoria do Coren-RJ, membros efetivos e suplentes, e toda a categoria, expressa o sentimento de que possamos transformar a tristeza em força para superar os obstáculos que ainda encontramos em nosso caminho, e que a memória da colega nos inspire a construir uma enfermagem e uma sociedade mais empática, tolerante e acolhedora para todos.

 

LUTA NA ALERJ

Para além da luta do Coren-RJ, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro há uma proposta de estabelecer infrações administrativas em face de condutas discriminatórias motivadas por preconceito em relação ao sexo, gênero, orientação sexual ou identidade de gênero, praticadas por agentes públicos e estabelecimentos públicos ou privados, localizados no Estado do Rio de Janeiro.

A iniciativa é da deputada estadual Dani Balbi (PC do B) que reforça de que na época da proposição do projeto, que se transformou na presente Lei n° 7.041/2015, era comum o uso do termo orientação sexual para abranger toda a população LGBTQIA+ em sua diversidade. No entanto, à medida que o debate científico, jurídico e social sobre o tema tem se consolidado, foi verificado que para oferecer uma proteção mais ampla e adequada é necessário abranger não apenas a orientação sexual, mas também as identidades de gênero e as expressões de gênero.

– Pretende-se, porém, ampliar o escopo normativo em relação aos grupos sociais protegidos pela referida Lei, a fim de incluir pessoas transgêneros, intersexo, bem como as expressões de gênero – pontua a deputada.

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