Coren-RJ apura denúncias em diligências pelos hospitais federais do Rio


07.05.2020

O Comitê de Gestão de Crise do Coren-RJ permanece realizando inspeções nos hospitais federais do Rio de Janeiro a fim de verificar denúncias recebidas pela autarquia de irregularidades diversas, que colocam o corpo de enfermagem e seus assistidos em risco de infecção pelo coronavírus.

Na tarde da última segunda-feira (04/05), ao lado da juíza da 15ª Vara Federal, Carmem Arruda, a gerente de fiscalização do Conselho, enfermeira Danielle Bartoly, e a procuradora do Coren-RJ, Jussara Filardi (na foto), realizaram diligência fiscalizatória e inspeções judiciais nas unidades Hospital Federal de Ipanema e Hospital Federal da Lagoa. O relatório comporia o escopo da Audiência de Conciliação prevista para ocorrer à tarde de terça-feira (5), por videoconferência, mas que foi suspensa por decisão de desembargador da TRF2 região.

Hospital Federal de Ipanema (HFI)

Na unidade de Ipanema, a situação é regular, com EPIs disponíveis e adequados, equipamentos funcionando (tomógrafo) e quantidade de respiradores necessária para o atendimento aos pacientes.

O hospital dispõe de 137 leitos ativos, sendo 10 de terapia intensiva, distribuídos em quatro leitos de CTI e seis leitos de Unidade Pós-Operatória. O HFI conta com 577 profissionais de enfermagem e um total de 1050 profissionais de saúde.

Além dos funcionários que pertencem ao grupo de risco, encontram-se afastados 29 enfermeiros e 45 técnicos de enfermagem com casos suspeitos e/ou confirmados de COVID-19, estão afastados. Os profissionais de saúde estão sendo testados há oito dias na unidade.
Segundo informações da direção-geral, não há falta de Hidroxicloroquina e Cloroquina e a instituição segue o Protocolo do Ministério da Saúde. As 15 vagas no necrotério, até o momento atendem às necessidades da instituição. O prontuário eletrônico está integrado com o e-SUS, como também o almoxarifado está integrado ao sistema.

Hospital Federal da Lagoa (HFL)

Há oito anos sem aumento de verba para o hospital e com 50% desta utilizada para compra de medicamentos, o Hospital Federal da Lagoa se encontra com problemas que vão de leitos bloqueados por déficit de profissionais a equipamento quebrado e falta de testes para Covid-19 ao corpo de funcionários.

Com 43 casos de pacientes suspeitos/confirmados de Covid-19, a direção informou sobre a compra de 3 mil testes rápidos que ainda não foram entregues. Também afirmou que adquiriu um novo tomógrafo, com previsão de chegada nesta quarta-feira (06). Por conta da avaria, na parte da tarde, o Hospital de Ipanema cede o uso do equipamento.

A inspeção encontrou 116 leitos bloqueados por déficit de pessoal e 106 leitos ocupados dos 250 ativos de que dispõe a unidade – o 7º andar foi bloqueado para Covid e possui 13 leitos ocupados. Aproximadamente 30% dos profissionais de saúde estão afastados por apresentarem sintomas ou pertencerem ao grupo de risco e 10% por licença médica por motivos diversos. Os 24 residentes de enfermagem se encontram na escala. Todos vêm recebendo treinamento específico desde 17 de abril de 2020.

Segundo a direção, o almoxarifado conta com 4700 máscaras PFF2/N95 que suprem a necessidade de três meses de uso contínuo pelas equipes, e 35.000 máscaras cirúrgicas. As máscaras PFF2/N95 foram disponibilizadas para todos os profissionais, assim como a Face Shields. Medicamentos que Cloroquina e Hidroxicloroquina são disponibilizadas pelo Estado mediante prescrição médica de paciente hospitalizados.

Tendo como prioridade de atendimento aos pacientes oncológicos, a unidade precisou absorver os pacientes de pós-operatório de transplante renal transferidos do Hospital Federal de Bonsucesso. A instituição tem o prontuário eletrônico integrado ao e-SUS.

A fiscalização também fez diligência aos hospitais de campanha.

Hospital de Campanha Lagoa-Barra

A unidade é referência para tratamento da COVID-19, com capacidade máxima de 100 leitos de terapia intensiva, 100 leitos de unidades de internação e 10 leitos de triagem. No momento da inspeção, havia somente 29 leitos ocupados, sendo todos de terapia intensiva.

Hospital de Campanha Rio Centro

A inspeção de fiscalização do Coren-RJ ocorreu no quarto dia de funcionamento da unidade, inaugurada no 1º de maio. O hospital conta com 40 leitos de internação, 35 de clínica médica e cinco de terapia intensiva. A ocupação registrada no censo diário era de 16 pacientes de clínica médica e cinco de terapia intensiva. A instituição dispõe de seis respiradores mecânicos, sendo que um é reservado para eventuais transportes. Também contam com oito carros de anestesia, que podem ser utilizados no suporte ventilatório. O Hospital de Campanha Rio Centro aguarda a chegada em breve de ventiladores adquiridos da China.

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